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O Egito antigo

As águas do rio Nilo permitiram o surgimento de um extenso e opulento império em meio ao deserto africano.

 

Os antigos egípcios formaram uma civilização que começou a florescer no fim da Pré-História, às margens do rio Nilo, no desértico nordeste da África, e estendeu-se até o fim da Antiguidade. A existência da civilização só foi possível em razão das cheias periódicas do rio, que fertilizavam o solo, tornando-se próprio para a agricultura. A história dos antigos egípcios é dividida em dois grandes períodos; o pré-dinástico e o dinástico.

 

PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO

No início da Antiguidade, a civilização egípcia via-se organizada em espécies de clãs denominados nomos, cujos líderes eram os nomarcas. Por volta de 3500 a.C., os nomos se agruparam formando dois reinos - um ao norte ( o Baixo Egito) e outro ao sul (o Alto Egito). Em 3200 a.C., o chefe do Alto Egito, Menés - considerado o primeiro faraó (rei) egípcio -, conquistou o Baixo Egito e unificou a região. Tinha início o período dinástico.

 

PERÍODO DINÁSTICO

A era  dos faraós começou com o estabelecimento da monarquia teocrática: todo o poder político e religioso ficava concentrado no soberano, considerado um deus vivo. Ele era o dono de todas as terras e ocupava o topo da pirâmide social, seguido pela nobreza, pelos artesão e camponeses servos e pelos escravos. O período dinástico é dividido em Antigo, Médio e Novo Império.

- ANTIGO IMPÉRIO (3200-2000 a.C.) É marcado pela construção das grandes pirâmides de Gizé, monumentais demonstrações do poder monárquico, erguidas pelos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos em torno da capital, Mênfis. Porém, no fim do período, por volta de 2300 a.C., os nomarcas voltaram a ganhar importância política. O poder se descentralizou e ocorreu uma série de revoltas sociais e lutas entre os líderes locais, comprometendo a economia do império.

- MÉDIO IMPÉRIO (2000-1580 a.C.) Após intensos confrontos com os nomarcas, restabeleceu-se o poder dos faraós, e Tebas tornou-se a nova capital. Entretanto, os hicsos (estrangeiros asiáticos) começaram a se instalar no delta do Nilo e, por volta de 1750 a.C., tomaram o poder do império. Seguiram-se quase dois séculos de dominação estrangeira.

- NOVO IMPÉRIO (1580-525 a.C.) Depois de expulsar os hicsos, os egípcios deram início à fase de maior expansão territorial de sua história. Um dos faraós mais importantes foi Ramsés II, em cujo reinado o império viveu o auge militar, cultural e econômico. No fim do Novo Império, a monarquia foi conquistada pelos assírios. Os egípcios chegaram a restabelecer o poder brevemente, mas não resistiram à invasão persa em 525 a.C. Nos séculos seguintes, ainda sofreriam novas invasões. Em 332 a.C., foram dominados pelos macedônios, e, em 30 a.C., pelos romanos, marcando a decadência final da civilização egípcia.

 

LEGADO

Elementos da religião do Egito antigo podem ser encontrados nas mais diversas religiões do mundo atual, como a ideia da vida após a morte, a reencarnação e o julgamento final. Suas pesquisas voltadas para a mumificação dos corpos permitiram o desenvolvimento de importantes conhecimentos na área da medicina. Também desenvolveram estudos na área de astronomia e matemática, além de técnicas agrícolas extremamente sofisticadas.

 

#SAIBA MAIS

- IMPÉRIOS TEOCRÁTICOS: As primeiras civilizações que surgiram nas regiões compreendidas entre a Mesopotâmia e o Egito organizavam-se na forma de cidades-Estado governadas por um poder teocrático (soberano que unia o poder político e religioso). Algumas dessas cidades expandiram-se e formaram grandes impérios, preservando a natureza teocrática do poder dos soberanos. A forma como esses poderes se articulavam variava bastante. Em alguns casos, o soberano ou imperador era considerado um enviado dos deuses, como no Império Babilônico. Em outros casos, como no Egito, ele era tido como deus vivo, o que resultava num reforço sensível de seu poder.

Tancredo Professor . 2024
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