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Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961): obras públicas e modernização

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Após a morte de Getúlio Vargas, em 1954, o vice-presidente Café Filho assumiu a presidencia do Brasil. Durante seu governo, as divergências políticas entre conservadores e progressistas se acentuaram, provocando acirradas disputas partidárias.

Em 1955, foram realizadas novas eleições presidenciais, em que venceram Juscelino Kubitschek de Oliveira para presidente e João Goulart para vice-presidente, candidatos pela coligação PSD-PTB.   

Candidato Partido Origem Votos Proporção
Juscelino Kubitschek PSD MG 3.077.411 35,68%
Juarez Távora UDN CE 2.610.462 30,27%
Ademar de Barros PSP SP 2.222.725 25,77%
Plínio Salgado PRP SP 714.379 8,28%
Total válidos     8.624.977  

Inconformados com a derrota, os udenistas tentaram dar um golpe para impedir a posse de Juscelino e João Goulart, argumentando que os vencedores recebiam apoio do comunismo internacional e não tinham a maioria absoluta dos votos.

Comandados pelo general Henrique Teixeira Lott, militares reagiram à tentativa de golpe dos partidários da UDN e garantiram a posse dos eleitos.

O governo Juscelino tinha o objetivo de fazer o Brasil crescer 50 anos em cinco, como era dito na época. Para isso, sua administração elaborou o Plano de Metas, que privilegiava obras de infraestrutura e estimulava a industrialização. Entre as principais realizações do governo Juscelino destacam-se:

. a construção de usinas hidrelétricas como Furnas e Três Marias;

. a abertura de 20 mil quilômetros de rodovias, entre elas a Belém-Brasília;

. a implantação da indústria automobilística, que chegou a produzir mais de 300 mil veículos por ano;

. o crescimento da produção de petróleo em mais de 150%, como consequência do desenvolvimento rodoviário.

Além dessas obras, o governo Juscelino empenhou-se na construção de Brasília, para ser a nova capital do país. O plano urbanístico da cidade foi concebido por Lúcio Costa e os projetos de arquitetura foram feitos por Oscar Niemeyer.

Depois de três anos de obras, Brasília foi inaugurada, em 21 de abril de 1960. Milhares de candangos esforçaram-se noite e dia para concluir a obra ainda durante o mandato de Juscelino.

Tantas obras só foram possíveis graças a empréstimos e investimentos estrangeiros e ao aumento da produtividade dos trabalhadores brasileiros. O governo internacionalizou a economia, aumentou a dívida externa e manteve os salários em níveis baixos. Além disso, permitiu que grandes empresas multinacionais instalassem filiais no Brasil e controlassem setores industriais importantes, como os de eletrodomésticos, automóveis, tratores, dutos químicos e farmacêuticos. Por isso, os nacionalistas diziam que a política econômica de Juscelino tinha a vantagem de ser modernizadora, o defeito de ser desnacionalizadora. Os gastos com as obras públicas contribuíram para aumentar os índices de inflação, prejudicando os assalariados, que reivindicavam reajustes.

As indústrias concentravam-se em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Milhões de brasileiros, a maioria vindos do Nordeste, continuaram migrando do campo para as cidades maiores do Sudeste em busca de emprego na indústria ou no setor de serviços. Em 1960, cerca de 45% dos quase 71 milhões de habitantes do Brasil vivia em centros urbanos. No entanto, quando os migrantes chegavam às cidades encontravam dificuldades.

 

#SAIBA MAIS

 

- Assista o documentário.

 

 

Tancredo Professor . 2024
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