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O Renascimento e a Idade Moderna

O Humanismo

A partir do século XIV, consolidou-se na Europa uma corrente renovadora de ideias: o Humanismo. Seus adeptos, os humanistas, se opunham ao pensamento medieval, ligado à Igreja católica.

Para a Igreja, era Deus o centro do universo (teocentrismo). Para os humanistas, era o ser humano que devia estar no centro das indagações (antropocentrismo). Eles também valorizavam a razão humana, capaz de transformar a natureza e a sociedade (racionalismo).

Não por acaso, essa renovação de ideias começou na península Itálica, região na qual floresciam o comércio e a vida urbana, que favoreciam a vida intelectual e a visão crítica das ideias medievais.

Em meados do século XV, Johannes Gutenberg inventou os tipos móveis de impressão, com os quais era possível imprimir livros em série. Isso levou à divulgação em massa das ideias humanistas.

O pensamento político também foi influenciado pelo Humanismo. N península Itálica, Nicolau Maquiavel escreveu O príncipe, livro no qual considera que o governante virtuoso seria aquele capaz de manter o poder, nem que para isso fosse necessário usar a violência.

A explosão das artes

Esse período iniciado com o Humanismo interagiu com uma profunda renovação da vida artística. Pintores, escultores e arquitetos rejeitaram a arte gótica da Baixa Idade Média e se voltaram para a arte greco-romana. Esse movimento renovador recebeu o nome de Renascimento.

O Renascimento na península Itálica é dividido em três fases: Trecento (século XIV), Quattrocento (século XV) e Cinquecento (século XVI). Principais nomes do Trecento: Dante, Petrarca e Boccaccio na literatura, e Giotto na pintura. No Quattrocento destacaram-se o arquiteto Donatello, os pintores Botticelli e Masaccio e o escultor e arquiteto Brunelleschi. Durante o Cinquecento, brilharam artistas como Leonardo da Vinci, Rafael, Ticiano e Michelangelo.

Da península Itálica o Renascimento se irradiou para outras regiões da Europa. Uma delas foi Flandres (atual Bélgica). Ali se destacaram os pintores Bosh, Peter Brueghel, o Velho, e Jan Van Eyck. Na literatura, Erasmo de Roterdã publicou a obra Elogio da loucura, com críticas à Igreja.

A França e a Inglaterra produziram nessa época alguns expoentes da literatura, como o francês François Rabelais, autor de Pantagruel (1532) e Gargantua (1534), e o inglês William Shakespeare, autor das tragédias Romeu e Julieta (1597) e Hamlet (1601). Na Espanha, Miguel de Cervantes escreveu Dom Quixote de La Mancha (1615) e, em Portugal, Luís de Camões produziu Os lusíadas (1556).

As ciências e o Renascimento

A valorização da razão fez surgir a ciência moderna, que passou a buscar explicações racionais para os fenômenos da natureza.

Nicolau Copérnico, astrônomo polonês, formulou a teoria heliocêntrica (1543), afirmando que o Sol era o centro do universo, e não a Terra, como queria a Igreja. Na península Itálica, o astrônomo Galileu Galileu tentou provar que a Terra gira em torno do Sol. Por esse motivo, em 1632 foi condenado a se retratar pelo Tribunal da Inquisição, um órgão da Igreja católica.

Tancredo Professor . 2024
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