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A Independência dos Estados Unidos da América

Em 4 de julho de 1776, as 13 colônias inglesas da América do Norte proclamaram a sua independência e fundaram os Estados Unidos da América. Naquela data, foi divulgado um documento denominado Declaração de Independência, redigido por Thomas Jefferson, que dizia:
Nós temos estas verdades evidentes por si mesmas: que todos os homens nascem iguais; são dotados pelo Criador de certos Direitos inalienáveis, entre os quais a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade; que para garantir esses direitos, os homens instituem entre eles Governos, cujo justo poder emana do consentimento dos governados; que, se um governo, seja qual for a sua forma, não reconhecer estes fins, o povo tem o direito de alterá-lo ou de aboli-lo e de instituir um novo governo, que fundará sobre tais princípios, e de que ele organizará os poderes segundo as formas que lhe parecerem mais apropriadas para garantir a sua Segurança e a sua Felicidade.
Nesse trecho aparecem todas as novidades do tempo: a igualdade entre os homens, o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade; a ideia de que a fonte do poder encontra-se no consentimento dos governados; o direito à resistência, quando o governo contrariar os fins para os quais foi constituído. Como se vê, Jefferson fundamentou a independência dos EUA nas ideias iluministas.
Entretanto, como a Inglaterra não aceitasse a decisão dos colonos, o conflito político transformou-se num confronto armado. A guerra de independência foi vencida, finalmente, pelos colonos na batalha de Yorktown, em 1781, sob o comando de George Washington. O governo inglês reconheceu a independência em 1783 e, em 1787, foi promulgada a Constituição. Nesta, os EUA adotam a República Federativa e Presidencialista, com a separação dos poderes: o Executivo é conferido a um presidente eleito por quatro anos renováveis; o Legislativo bicameral é exercido pela Câmara dos Representantes e pelo Senado; o poder Judiciário é confiado a um Tribunal Supremo.
O impacto da independência dos EUA foi enorme. Ela mostrou a viabilidade da emancipação colonial, demonstrando, ao mesmo tempo, o arcaísmo e a inadequação do regime colonial. As ideias iluministas ganharam força material, e o exemplo norte-americano influiu poderosamente no desenvolvimento revolucionário da Europa, particularmente na França, onde a burguesia completaria uma revolução modelar.

Tancredo Professor . 2024
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